Canalblog
Editer l'article Suivre ce blog Administration + Créer mon blog
Publicité
Agenda do Porto
6 novembre 2009

A Franchini’s Galeria apresenta

01_muchagata


MUCHAGATA

PAISAGEM INTERIOR Arte Contemporânea_Pintura­

Inaugura Sábado 7 de Novembro às 16h

Patente até 31 de Dezembro 2009

 

 

«(…) E eu desejaria levantar-me levemente

sobre as paisagens que se enchem de chuva

apaixonada.

Desejaria estar em cima, no meio da alegria,

e abrir os dedos tão devagar que ninguém sentisse

a melancolia da minha inocência

Tanto desejaria ser destruído

Por um lento milagre interior. (…)».

HELDER, Herberto – A faca não corta o fogo.

Lisboa: Assírio & Alvim, 2009, pp. 22-23.

 

Este pequeno fragmento de um poema é catalisador para a elaboração de uma estrutura interpretativa dos trabalhos de Muchagata. Como num poema, uma paisagem oferece a cada um de nós a possibilidade de construir uma percepção narrativa, ou um sentir pessoal.

Pensemos que podemos construir um exercício de aprendizagem, sempre singular e individual, e observemos uma paisagem com aquilo que se escreve o nosso corpo. Com gestos, lembranças, e trilhos de uma percepção visual elaborada mentalmente através das sensações.

A Paisagens Interior de Muchagata é, por isso, um fluxo do pensamento pictórico através do corpo.

A pintura surge como uma escrita gestual, ritmada, fluida. Sem desperdiçar as heranças e as tendências históricas da pintura do abstraccionismo expressivo ou mesmo da pintura do abstraccionismo conceptual,

Muchagata envolve-se no mundo de quem acredita na vitalidade da pintura construída corpo a corpo, face à predominância dos meios audiovisuais.

As pinturas de Muchagata movem-se no encantamento que se origina na poesia visual.

Através dos códigos da comunicação visual primordiais (podemos recordá-los em Rudolf Arnheim) o processo de trabalho de Muchagata vive de ideias premeditadas de gesto estudado, e por um gesto de… «milagre interior».

O sentido de composição visual das suas obras-primas pela horizontalidade. As formas e as não formas presentes nas telas são límpidas de penumbra e são de cores «fortes» como: o azul cian, vermelho magenta, amarelo primário, ou o laranja quente e o negro. E, então, podemos saber que se tratam de um desembaraçar de tudo o que é superficial e de uma procura

do nascimento do simples, único e essencial.

O resultado é uma sobriedade entre os meios plásticos e as ideias que procura fazer crescer em cada observador.

Muchagata busca o resultado de paixões, de desejos, das suas aventuras no mar e pelo mar, e de

tudo aquilo que não se esgota na vida.

As pinturas convidam-nos a tocar nas formas e nas cores, que se movem entre o fôlego ou a fúria de um gesto ao tamanho da medida interior de cada observador.

São o «Rizoma» de que nos falam Gilles Deleuze e Felix Guattari, de quem cria como respira. São forma de vivência, sobrevivência e modo de construir um entendimento do mundo visual.

Filipe Rodrigues

 

 

 

Biografia_Muchagata

nasce no Porto, 1955. Conclui o Ciclo Especial do Curso de Artes Plásticas (Escultura) da Escola Superior de Belas Artes do Porto, 1978. Monitor da Tecnologia de Vitral e Mosaico da Escola Superior de Belas Artes do Porto, 1980-1994. Docente na Escola Superior Artística do Porto (Cooperativa Árvore). Assistente da disciplina de Vitral e Mosaico da Escola de Tecnologias Artísticas de Coimbra, ARCA-ETAC, 1992-1998. Pós-graduação em História da Arte, Universidade Lusíada de Lisboa, 1996-1997. Mestrado em História da Arte da

Universidade Lusíada – Lisboa, 1995-1999. Primeiro lugar no concurso para Assistente Eventual da disciplina de Vitral e Mosaico da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, 2001.

Trabalha na Fábrica de Cerâmica Majólica (pintura manual) sob a orientação do pintor ceramista António Pascoal, 1977-1978. Sócio fundador da Associação de Estudantes de Artes Plásticas e Design da Escola Superior de Belas Artes do Porto. Frequenta as Oficinas de Cerâmica, sob a orientação do Escultor Ceramista João Carqueijeiro.

Sócio da APA, Associação Portuguesa de Artistas, com a qual colaborou em diversas exposições colectivas. Sócio fundador da «Pedra a Pedra», Centro de Estudo e Trabalho da Pedra, C.R.L., Porto, em 1985. Integra a equipa que colaborou com Júlio Resende, na execução técnica de mosaico parietal para a capela do Hospital Novo de Viana do Castelo. Executa o painel cerâmico, segundo maquete do pintor João Aquino Antunes, para o Instituto Português de Oncologia, IPO, do Porto, em 1993.

Desde 1978, participa em várias exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro.

 

 

 

+ INFO: http://www.franchinisgaleria.com/exposicoes.html

 

 

Rua Miguel Bombarda, 214, 3º

4050-377 Porto

Portugal


Publicité
Commentaires
Publicité
Derniers commentaires
Archives
Albums Photos
Publicité