Canalblog
Editer l'article Suivre ce blog Administration + Créer mon blog
Publicité
Agenda do Porto
1 décembre 2009

Festival Internacional de Cinema de Artes Performativas - extensão no Contagiarte - começa dia 4 Dez às 23h30

Logo_Ficap_2


A Associação Terra na Boca/Festival TRANSdisse 2009 em parceria com o Contagiarte

apresenta

Festival Internacional de Cinema de Artes Performativas - Extensão da 1ª edição do FICAP decorrida em 2008, em Lisboa. Com uma selecção de filmes de Frederico corado.

 

Programa

Dezembro 2009

Sessão 1 – dia 4, às 23h30

 - “Rádio Kebrle”, de Zdenek Durdil, 16m (República Checa)

 Antes de fundar o seu lendário Monstrkabaret, o conhecido artista de variedades e entertainer Fred Brunold, safava-se fazendo tudo e mais alguma coisa. Como empregado de certa parasita estação de rádio, por exemplo. A rica experiência de Fred como repórter é ilustrada com a história de Janik e a sua perigosa excursão para visitar o seu avô Jaroslav Kebrle.

 

 - “Voyage En Compagnie de Peter Sellars”, de Mark Kidel, 90m (Inglaterra)

 Mark Kidel passou dois anos a filmar Peter Sellars em ensaios, a ensinar e a falar sobre a sua vida e trabalho, com particular ênfase na grande quantidade de trabalhos dos quais foi curador para o Festival “New Crowned Hope” em Viena. O filme também reflecte os temas recorrentes no trabalho de Peter Sellars, a sua fascinação de adolescência por marionetas e teatro avant-garde e a sua explosão enquanto “enfant terrible’ até aos seus mais recentes e maduros trabalhos que combinam de uma maneira única, politica, poesia e espiritualidade. O filme mostra a perspectiva de um artista que apaixonadamente se confronta com a situação política e intercultural.

 

Sessão 2 – dia 9, às 22h30

- “Metamorfoses”, de Bruno Cabral, 48 m (Portugal)

Tó e Tucha fazem parte da Companhia Crinabel de Teatro há 20 anos.Carolina é muito mais nova e tem muitas ambições. Nelson passou o casting para protagonizar a próxima peça, a “Metamorfoses”, de Kafka.

Os laços entre os membros desta companhia atípica são muito fortes: todos têm constrangimentos e fragilidades. Num ambiente de grande envolvimento, a peça começa a ser encenada.

 

- “Lapsus Sonoros”, de Luís Margalhau, 32m (Portugal)

João Ricardo de Barros Oliveira define-se como músico-escultor-sonoro e vive rodeado de materiais, que recolhe criteriosamente em lixeiras e contentores de lixo. Faz do vulgar lixo a matéria-prima para a sua arte, a partir de objectos considerados imprestáveis, constrói esculturas sonoras com as quais actua em palco, performances e em workshops.

 

- “Look Back Into The Future”, de Ivo Serra e Rita Natálio, 27m (Portugal)

A partir de um trabalho de Found-footage do Arquivo do Fórum de Dança, “Looking Back Into the Future” é uma passagem pelas linhas cruzadas e ziguezagueantes da identidade (identificação) do corpo, numa posição de imagens e sons de várias peças de dança contemporânea portuguesa.

 

Sessão 3 – dia 18, 22h30

- “The Greater the Weight”, de Philip Szporer e Marlene Milar, 5m (Canadá)

Uma jovem rapariga (Dana Michel) está numa dança rebelde, por vezes exprimindo uma espécie de esquizofrenia. Para ela a única maneira de devidamente articular todos os seus constantes sentimentos internos e questões é a dançando. Para esta mulher significa lançar o seu corpo para trás e para a frente. A textura da dança é abrasiva, até nua. É uma violência que pode excitar. Somos lembrados neste filme dança que a dura fiscalidade pode ser bonita… e bastante diferente da maneira pela qual a violência é tipicamente definida.

 

- “Generation 68”, Simon Brook, 53m (França)

No fim dos anos 60 uma revolução cultural teve lugar, culminando na Europa com as revoltas estudantis de 68. Foi uma revolução que mudou as artes e a cultura num sentido mais amplo, assim como as mentalidades das pessoas. A música tornou-se militante e sexualmente explícita. O Teatro tornou-se político e experimental, a pop art deixou as pessoas de boca aberta, e a Mary Quant inventou a mini saia… Enquanto o Vietname continuava…

As imagens de arquivo são comentadas por uma seleção eclética de artistas do mundo cultural, incluindo o realizador Milos Forman, DJ Annie Nightingale, o presidente Vaclav Havel, o artista Ed Ruscha, o fotógrafo William Klein, o actor Dennis Hopper, encenador Peter Brook, a designer Mary Quant…

Geração 68 é como uma viagem no tempo que traz de volta à vida este incrível período.

 

Sessão 4 – dia 23, às 22h30

- “La Danse De L’Enchanteresse”, de Adoor Gopalakrishnan e Brigitte Chatagnier, 75m (França)

Este filme trata de uma prática cuja verdadeira essência é o charme, uma prática reservada exclusivamente a mulheres, usando argumentos de mulheres. É uma dança chamada Mohini Attam, literalmente “A Dança da Feiticeira”, que tem vindo a ser praticada durante séculos no Sudoeste da Índia, na Região do Kerala.

 

Janeiro 2010

Sessão 5 – dia 9, às 22h30

- “Aprop”, de Aitor Echeverria, 6m (Espanha)

O sono é interrompido pelo toque de um outro corpo familiar. Um dedo desliza pelas costas enquanto um suspiro sugere um convite. Quando visto de perto, os movimentos diários do corpo são uma dança extraordinária. 

 

- “Between Heaven And Earth”, de Frank van den Engel e Masja Novikova, 72m (Holanda)

O circo era o único entretenimento na viajem da antiga Rota da Seda da Europa para a China. No Uzbekistão, actualmente uma ditadura, o circo está tão vivo como estava nos dias de Genghis Khan. Os números de circo também mudaram pouco. Dois artistas de circo são forçados a escolherem entre continuarem a velha tradição circense ou a politica. As suas escolhas diferentes vão afectas seriamente a sua amizade de vários anos.

 

Sessão 6 – dia 16, às 22h30

- “So You Can Dance”, de Nikos Dayandas e Stelios Apostelopoulos, 27m (Grécia)

O performer e coreografo italiano Luca Silvestrini vai até Atenas para criar o primeiro projecto coreográfico de dança comunitária da Grécia. Seguimos Luca enquanto visita infantários, escolas e lares de terceira idade para recrutar e aprovar os seus bailarinos.

Mas apenas uns dias antes do espectáculo, a situação entra em espiral para fora de controlo com as crianças a brincar, os mais idosos a esquecerem-se dos seus passos e os de meia-idade a começarem a entrar em lutas. Luca está à beira de um ataque de nervos.

 

- “Lüber In Der Luft”, de Anna-Lydia Florin, 81m (Suíça)

No seu trabalho, o artista de performance Heinrich Lüber convida-nos a integrar a poesia no nosso dia-a-dia. “Lüber nas alturas” é uma viagem ao mundo do artista de performance Heinrich Lüber, no qual questiona o mundano e transforma os sonhos em realidade.

 

Sessão 7 – dia 23, às 22h30

- “Buritizal”, de Alexandre Braga, 39m (Portugal)

Quando eu era guri, eu era caçador de formigas…

Assim começa minha história. Em seguida, de um salto a outro, passamos de minha infância a meu fatídico encontro com Miguelão.

Eu e Miguelão não tínhamos muitas coisas em comum. Um tinha um pouco e outro demais… Um era jovem e outro nem tanto. Um plantava e outro colhia. Um amava a filha do outro… enquanto o outro rugia.

Como se vê, muitas vezes, pouca coisa em comum é o suficiente para que o destino de um homem cruze com o de outro. Foi o que aconteceu, foi o que chocalhou o curso da história de Buritizal e seus habitantes.

Mas para saber que destino foi esse é preciso chegar mais perto, sem medo, e deixar que o actor lhe conte tudo como se fosse um segredo.

 

- “Battuta”, de Bartabas, 66m (França)

Cavaleiros-artistas são literalmente transportados pelos dois grupos de músicos romenos, uma fanfarra de metais da Moldávia e um conjunto de cordas da Transilvânia. Um pulsar interior, um movimento em círculo ou em voo, que hipnotiza até à vertigem. A leveza rápida do galope e o movimento permanente da água, que simboliza a vida entre os Ciganos, dão o tom do espectáculo.

Alegre ou inquietante, Battuta vive tanto da destreza tanto como da velocidade, fala-nos do tempo e da memória, e retoma a veia popular e o sentido festivo do espectáculo que animaram os inícios da trupe. Como um sopro a aforar a superfície das brasas, como a incandescência de um feito glorioso.

 

Sessão 8 – dia 30, às 22h30

- “Informe”, de Eva Angelo, 23 m (Portugal)

A partir da visita a diferentes fases da produção da performance “Inventário” de Jocélio Azevedo, “Informe” é um olhar a esta criação, dando espaço à sustentavidade da realizadora enquanto observadora para construir um percurso paralelo.

 

- “Jardim de Inverno”, de Rui Simões, 35 m (Portugal)

Um solo de Olga Roriz.

Estreia em Rennes, França, 5/12/1989.

“No jardim da casa do mar. Ela espera.

Avança e logo pára. Ela não pára nunca.

Ela embate contra os muros metálicos do jardim.

Ela quer ficar só até que o tempo passe. Ela recua até o princípio do caminho e depois recomeça.

Avança na direcção da casa. Ela escuta.

Ela deixa-se estar na escuta dos passos sobre o mar.

Ela não olha as duas mulheres que se tocam. Ele inventa.

As mulheres olham-na, esperam. Elas vêem os jogos que ela se faz inventar para não parar de olhar.

Ela foge e depois pára. Ela deixa-se ver.

O cheiro da chuva mistura-se com o cheiro do mar. Ela recomeça.”

Olga Roriz – Março 1990

 

- “Solistas”, de Filipe Martins, 8m (Portugal)

A relação individual-colectivo é o principal motor em “Solistas” para explorar espaços de sensação como o da diferença, solidão, evidência, independência, isolamento… Neste âmbito o espectáculo oferece-se de uma forma mais plástica e não tanto na narração de situações ou de questões concretas interpessoais. Mas o potencial narrativo está lá. Muito se pode contar quando se vê um corpo em movimento. A dança em particular permite-nos perceber um indivíduo que aparece mais ou desaparece mais à medida do seu movimento e do seu número. Em grupo ou em solo estamos sempre solistas. Ocorre-me que solista pode ser o elogio ou a celebração do singular ou do particular. Entre algo mais nietzchiano- danço os meus próprios gestos-, e algo mais construtivista- os teus gestos são material-ideia para os meus gestos-, os solistas vão- se descobrindo e afirmando.

Assim, a dança faz o laço ideal entre o solista por função e o solista por inevitabilidade. 

Né Barros


FICAP é uma organização da Entrar em Palco – Associação Cultural com a colaboração do Museu Nacional do Teatro


Publicité
Commentaires
Publicité
Derniers commentaires
Archives
Albums Photos
Publicité