Quase a acabar, despachem-se
De 21-03-2007 a 21-04-2007
Exposição
do escultor/ceramista gaiense Mário Ferreira da Silva, que fez formação
em Itália e tem painéis de cerâmica da sua autoria no John Fitzgerald
Kennedy Center for the Performing Arts.
"Itinerâncias" é o nome da exposição do ceramista Mário
Ferreira da Silva que o Pelouro da Cultura, Património e Turismo
promove, a partir de 21 deste mês, na Casa-Museu Teixeira Lopes.
A mostra é dominada por um conjunto de vertentes TERRA, AR, ÁGUA, FOGO
- Matéria, Corpo, Forma, Invenção, (acidentes) - simbiose de valores
que resultam da sucessiva descoberta e investigação dos fenómenos que
transformam a ARGILA em produto final - a CERÂMICA.
Um dos aliciantes da Cerâmica que lhe é particular entre as demais
técnicas e meios criativos poderá residir na constatação daquela
partícula de mistério que sempre, teimosamente, subsiste a abalar os
alicerces do conhecimento e da ciência, - mistério - que, por isso,
implica uma acção e cumplicidade muito estreitas entre o autor e a
matéria e, obviamente, conhecimentos básicos do oficio.
Mário Ferreira da Silva nasceu e vive em Gaia. Com o diploma de técnico
ceramista em Portugal, como bolseiro da Fundação Gulbenkian foi para
Itália, onde frequentou o Instituto de Arte Cerâmica Gaetano
Bellardini, em Faenza, e um curso de Escultura, em Perugia.
Em viagens de estudo, percorreu a Suíça, a Alemanha, a Inglaterra, a
França, a Itália, a Holanda e a Espanha. E, em 1971, desloca-se a
Washington e a Nova Iorque para dirigir a colocação de 80 painéis de
cerâmica da sua autoria, encomendados para o John Fitzgerald Kennedy
Center for the Performing Arts. É membro titular da Académie
Internationale de la Céramique, órgão consultivo da UNESCO, com sede em
Genebra. Outra das exposições que destacamos em Março tem a assinatura
do mestre Diogo de Macedo e o nome "Mulher - estudos", inaugurando logo
no dia 7 na Casa da Cultura (Casa Barbot).
Escultura de mulher nas suas formas expressivas de sensualidade
marcante, de translúcidos volumes de erotismo, de beleza transcendente
e imanente à sua natureza, de fulminado e carente amor por doar, de
cabelos e corpos nus ao vento da verdade inquieta, de maternidade
assumidamente comprometida, de emoções rasgadas e plasmadas em rostos
de ardente serenidade, de segredos revelados no mais puro silêncio...
Nesta exposição fascinante de Estudos de Diogo de Macedo,
podemos observar as marcas do seu fascínio pelo movimento da renovação
estática existente nas novas correntes de escultura francesa que se
fizeram sentir no início do Século XX, em Paris, com Auguste Rodin e
Antoine Bourdelle.
Org: Pelouro da Cultura, Património e Turismo/Galerias Digo de Macedo/Gaianima
Local: Galerias Diogo de Macedo
Horário: 3ª a sábado das 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00
Domingos e feriados das 10h00 às 12h e das 14h00 às 17h00