Uma boa iniciativa
Dorminsky cria novos públicos com passaporte
Helena Teixeira da Silva
A
emissão do passaporte é gratuita. E as vantagens somam-se à medida que
as viagens forem sendo carimbadas. Não são voos intercontinentais, mas
passeios pela criação de natureza cultural em exposição na cidade
concertos, teatro, dança, artes plásticas, seminários ou conferências.
O novo passaporte cultural, lançado anteontem pelo pelouro da Cultura,
Património e Turismo de Gaia, é a nova estratégia do vereador
MárioDorminsky para "criar novos públicos, gosto pela cultura e para
chamar a atenção das pessoas para os vários eventos realizados no
concelho".
O documento, que pode ser solicitado na Casa Barbot, na Avenida da
República, 590/610, é pessoal e intransmissível e a sua adesão não tem
qualquer contrapartida. Sem custos, sem obrigatoriedade de uso, sem
estar circunscrito aos cidadãos de Gaia, é uma espécie de
livre-trânsito para o roteiro cultural da cidade. Permite o acesso
gratuito a todos os eventos que possam realizar-se na Casa da Cultura
(Casa Barbot), na Casa Museu Teixeira Lopes e Galerias Diogo de Macedo,
no Solar dos Condes de Resende, no Auditório, na Biblioteca e no
Arquivo municipais, no Convento Corpus Christi e no Ateliê Soares dos
Reis.
Quando estiverem em causa programas pagos, os portadores do passaporte
poderão beneficiar de um desconto que oscila entre os 20 e os 100%.
Será o caso do concerto dos EZ Special (50% de desconto), marcado para
o Pavilhão Municipal, no âmbito do primeiro ciclo de concertos de
Natal, "Natal com música".
Sendo semelhante ao passaporte usado na Expo 98, em Lisboa, explica
Dorminsky, "distingue-se dele, porque os carimbos desse não davam nada,
e este oferece muitas coisas".
A contabilidade começa logo no momento de adesão, altura em que é
colocado o primeiro carimbo. Ao terceiro, o portador recebe um CD com
um "Best Of" do Festival Rock às Sextas, nos anos de 2006 e 2007, uma
vez que todas as bandas presentes aceitaram oferecer um tema para a
compilação. O 12º carimbo dá direito a um livro ou disco.
"A oferta de produtos culturais - levantados mediante a apresentação do
respectivo passaporte, devidamente carimbado na Casa da Cultura - só é
possível porque conseguimos o apoio de variadíssimas editoras",
reconhece o vereador, cuja aposta incide também em estreitar laços com
"as escolas de ensino básico, secundário e superior d e toda a Área
Metropolitana do Porto", estando para isso a trabalhar, também, com a
DREN.
No primeiro dia de lançamento do passaporte foram emitidos 120 documentos.
Para que os portadores tenham acesso facilitado não só aos equipamentos
e eventos, mas também à própria agenda cultural, está a ser
disponibilizada informação nos sites da Câmara, sendo possível fazer
downloads da programação.
Publicado no Jornal de Notícias