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Agenda do Porto
30 novembre 2007

Programação | Portogofone 07

 

Portogofone 07

Quatro Dias Europeus do Teatro

6 – 9 Dezembro

Praça Carlos Alberto + Praça da Batalha

Charanga

André Braga & Cláudia Figueiredo | Circolando, Teatro Viriato

[6 + 7] 18:30

Mosteiro de São Bento da Vitória

Estreia Absoluta

Conferência de Imprensa

Alvaro García de Zúñiga | William Nadylam | TNSJ

[6 + 7 + 8] 20:00

Mosteiro de São Bento da Vitória

Ella

Herbert Achternbusch | Fernando Mora Ramos | Teatro da Rainha

[6 + 7 + 8] 21:30

Teatro Nacional São João

Estreia Absoluta

Turismo Infinito

António M. Feijó | Fernando Pessoa | Ricardo Pais | TNSJ

[7 + 8 + 9] 21:30 + 21:30 + 19:00

Teatro Carlos Alberto

Todos os que Falam

Samuel Beckett | Nuno Carinhas | ASSéDIO, Ensemble, TNSJ

[8 + 9] 16:00 + 15:00

Teatro do Campo Alegre

Quarto Interior

André Braga & Cláudia Figueiredo | Circolando, TNSJ

[8 + 9] 21:30 + 19:00

Baixa do Porto

Actos de Rua

Henrik Ibsen, Jacinto Lucas Pires, Jean Cocteau, Luísa Costa Gomes, Padre António Vieira, Samuel Beckett, Sarah Kane | Nuno Carinhas | TNSJ

[8] 9:30-21:00

Mosteiro de São Bento da Vitória

Teatro Europa (Encontro Europeu)

[7 + 8] 11:00-17:30 + 11:00-14:00

37.ª Assembleia Geral da União dos Teatros da Europa

[9] 11:00-18:00

Estreia absoluta

Turismo Infinito

de António M. Feijó

a partir de textos de Fernando Pessoa

e três cartas de Ofélia Queirós

encenação Ricardo Pais

com a colaboração de Nuno M Cardoso, João Henriques

dispositivo cénico Manuel Aires Mateus

figurinos Bernardo Monteiro

desenho de luz Nuno Meira

sonoplastia Francisco Leal

interpretação João Reis, Emília Silvestre, Pedro Almendra, José Eduardo Silva, Luís Araújo

produção TNSJ

Espectáculo em língua portuguesa, legendado em inglês.

O que sou essencialmente – por trás das máscaras involuntárias do poeta, do raciocinador e do que mais haja – é dramaturgo. O fenómeno da minha despersonalização instintiva, a que aludi em minha carta anterior, para explicação da existência dos heterónimos, conduz naturalmente a essa definição. Sendo assim, não evoluo: VIAJO. (Por um lapso da tecla das maiúsculas, saiu-me sem que eu quisesse essa palavra em letra grande. Está certo, e assim deixo ficar.) Vou mudando de personalidade, vou (aqui é que pode haver evolução) enriquecendo-me na capacidade de criar personalidades novas, novos tipos de fingir que compreendo o mundo, ou, antes, de fingir que se pode compreendê-lo. Por isso dei essa marcha em mim como comparável, não a uma evolução, mas a uma viagem: não subi de um andar para outro, segui, em planície, de um para outro lugar.

Fernando Pessoa – Carta a Adolfo Casais Monteiro (20 de Janeiro de 1935)

“Sou a cena viva onde passam vários actores representando várias peças.” A frase que Bernardo Soares escreve pelo punho de Fernando Pessoa é uma das muitas epígrafes possíveis de Turismo Infinito, espectáculo em que Ricardo Pais dobra a esquina de diversas sínteses, empreendendo uma viagem ao fulgurante universo de Fernando Pessoa. O impressivo dispositivo cénico concebido por Manuel Aires Mateus figura a psyche de Pessoa, “porto infinito” onde chegam ou de onde partem o guarda-livros Bernardo Soares, o histérico e futurista Álvaro de Campos, o interseccionista “Fernando Pessoa” e o bucólico mestre Alberto Caeiro. Também Ofélia Queirós – a mulher com quem o poeta teve o único envolvimento amoroso conhecido – é convocada pela dramaturgia finamente urdida por António M. Feijó, que supera a redutora clivagem entre “vida” e “obra”, e põe em relevo alguns ritmos maiores do universo Pessoa. De novo com João Reis no elenco quase residente do TNSJ, mas também com a inspirada inventividade de colaboradores que o acompanham desde 2003, Ricardo Pais experimenta a performatividade da(s) escrita(s) de Pessoa, tecendo um poderoso enredo de estímulos auro-visuais e pondo-nos em contacto com a obra de um homem que, de modo heróico, pretendeu – e conseguiu – “introduzir beleza no mundo”.



Estreia absoluta

Conferência de Imprensa

texto e encenação Alvaro García de Zúñiga

espaço cénico João Louro

desenho de luz Emanuel Pina

interpretação William Nadylam com Alínea B. Issilva

produção TNSJ

Espectáculo em língua inglesa, com tradução simultânea em português e francês.

Toda a conferência de imprensa tem por objectivo dar a conhecer informações precisas sobre um determinado assunto. Resta definir o que entendemos por “precisas”, “informação”, “dar”, “determinado” e “objectivo”. Mais precisamente: com que objectivo um determinado sujeito dá informações?

Alvaro García de Zúñiga

Alvaro García de Zúñiga oferece-nos, em estreia absoluta, uma peça onde nos mostra não haver nada dentro das frases que os políticos, julgando dizer alguma coisa, pronunciam todos os dias nessas arenas discursivas que dão pelo nome de conferências de imprensa. Interrompidas a meio ou repetidas indefinidamente, vão dar sempre ao mesmo: à evidência de que as palavras, no comércio mediático, não são mais do que meros instrumentos de dominação. Em Conferência de Imprensa não existem personagens, nem intriga, apenas um perpétuo círculo vicioso onde a linguagem não é mais do que um delírio sistemático, uma coreografia endiabrada de frases feitas que põem a nu o vazio insustentável do pensamento. Um tratado de patologia linguística interpretado por um dos mais destacados actores franceses da actualidade, William Nadylam (foi ele que protagonizou La Tragédie d’Hamlet, de William Shakespeare/Peter Brook), corpo que encarna a irrisão dos discursos do poder, a sua incongruência, a sua estupidez. Zúñiga – poeta de nacionalidade incerta (nasceu no Uruguai, vive e trabalha em Portugal), cultor de linguagens elásticas e refractárias às normas – associa-se ao artista plástico João Louro para juntos construírem um muito paródico contentor cénico, inofensivo na aparência, mas onde é possível, nas palavras exactas de Karl Kraus, “aprender a ver os abismos onde existem os lugares-comuns”.









Todos os que Falam

Quatro “dramatículos” de Samuel Beckett

Ir e Vir + Um Fragmento de Monólogo + Baloiço + Não Eu

tradução Paulo Eduardo Carvalho

cenografia e encenação Nuno Carinhas

figurinos Bernardo Monteiro

desenho de luz Nuno Meira

desenho de som Francisco Leal

interpretação Alexandra Gabriel, Emília Silvestre, João Cardoso, Rosa Quiroga

co-produção ASSéDIO – Associação de Ideias Obscuras, Ensemble – Sociedade de Actores, TNSJ

estreia [24Nov06] TeCA (Porto)

duração aproximada [1:30]

Espectáculo em língua portuguesa.

A voz desenha-me a sua boca, os seus olhos, o seu rosto, faz-me um retrato de corpo inteiro, exterior e interior, melhor do que se estivesse perante mim. A melhor decifração obtida apenas pelo ouvido.

Robert Bresson Notas Sobre o Cinematógrafo

Todos os que Falam (2006) é o exemplo mais feliz e mais recente (O Tio Vânia, de A. Tchékhov, é de 2005) de um conjunto de manobras co-produtivas que têm envolvido o TNSJ, duas das mais afirmativas companhias do Porto (ASSéDIO e Ensemble) e Nuno Carinhas, criador indissociável da nossa identidade enquanto projecto artístico. Muito para além de uma qualquer obrigação estatutária, co-produzir significa aqui partilhar métodos de trabalho e afinidades electivas, construindo – com “outros” – gestos que iluminam e ampliam a nossa programação. Compilação em cena de quatro dos onze “dramatículos” escritos por Samuel Beckett entre 1962 e 1984 – muito provavelmente a sua contribuição mais radical para o teatro do séc. XX –, Todos os que Falam começou por ser um espectáculo-tributo ao dramaturgo irlandês, no ano em que se comemorava o centenário do seu nascimento. Fiel ao princípio de que “menos é mais”, uma equipa de criadores e intérpretes, liderada pelo apuradíssimo sentido de escuta de Nuno Carinhas, reconduz-nos à casa da essencialidade beckettiana, esse lugar estranho mas ainda assim habitável, onde o precário sentido das coisas do mundo é interrogado por vozes que se materializam no escuro. Contornada a efeméride, haveria maneira mais eloquente de continuar a celebrar Beckett?





Ella

de Herbert Achternbusch

tradução Idalina Aguiar de Melo

encenação Fernando Mora Ramos

dramaturgia e direcção de ensaios Isabel Lopes

cenografia José Carlos Faria

desenho de luz António Plácido, Fernando Mora Ramos

interpretação Fernando Mora Ramos, Margarida Mauperrin

produção Teatro da Rainha

estreia [11Nov05] TNSJ (Porto)

duração aproximada [1:30]

Espectáculo em língua portuguesa, legendado em inglês.

José é o filho. Traz uma peruca de penas de galinha feita por ele mesmo e traz vestida uma bata. Não deixa qualquer dúvida de que ele é a mãe. Está permanentemente às voltas com os utensílios do café. Oferece o café, quando pronto, a si próprio, a Ella e ao público. Por fim, embebe um quadradinho de açúcar em cianeto de potássio e mexe, mexe, bebe e cai para o lado com um grande estrondo. O estrondo espanta Ella, que, à vista do morto, se vai abaixo, grita, e, aos gritos, rasga a bata e corre nua pela gaiola até a luz se apagar. Ella é a mãe.

Herbert Achternbusch  Ella 

Ella tem andado de um lado para o outro, numa itinerância indisciplinada, como “uma cigana, sem papéis”. Mostrou-se em Coimbra 1993 (então Capital Nacional do Teatro), e foi um êxito inesperado, lendário até. Ressuscitou, por obra e graça do TNSJ, em pleno Porto 2005 (Capital Europeia, mas já não da Cultura), agora pela mão do Teatro da Rainha, companhia que teima em enviar-nos da província postais ilustrados de um teatro cosmopolítico. Agora que a lenda se tornou um facto, regressamos ao arame farpado da capoeira concentracionária de Ella, lugar escolhido pelo dramaturgo alemão Herbert Achternbusch para dramatizar, a partir de uma longa fala (inculta e gramaticalmente incorrecta), uma memória pessoal da barbárie nazi. Regresso ainda a Fernando Mora Ramos, que aqui assina um dos seus mais extraordinários trabalhos enquanto actor e encenador – austeridade que comunica, e comove. Ella, vítima superlativa, teria muito que contar, mas especializou-se na arte de falar em silêncio. José, o filho, roubou-lhe as palavras, e fala por ela. O corpo mudo da mãe e a palavra torrencial do filho: ausências e lapsos de expressão que não poderiam senão resultar na loucura ou na morte.




Charanga

Criação colectiva

direcção artística André Braga, Cláudia Figueiredo

direcção André Braga

dramaturgia Cláudia Figueiredo

direcção plástica João Calixto

composição musical Alfredo Teixeira

realização vídeo João Vladimiro com a colaboração de Ana Carvalhosa

interpretação André Braga, Bruno Martelo, Hugo Almeida, João Vladimiro, Patrick Murys, Pedro Amaro

co-produção Circolando, Teatro Viriato

estreia [11Nov03] Viseu

duração aproximada [45’]

Porque é tempo de romper com tudo isto / é tempo de unir no mesmo gesto / o real e o sonho / é tempo de libertar as imagens as palavras / das minas do sonho a que descemos / mineiros sonâmbulos da imaginação.

Alexandre O’Neill – “Pela voz contrafeita da poesia”

Fiel aos instintos dos seus criadores – companhia nómada e teimosamente avessa à ideia de “obra acabada” –, Charanga reinventa-se a cada apresentação, adaptando-se aos humores da meteorologia e aos acidentes dos vários terrenos que tem vindo a pisar desde a sua estreia, em 2003. Primeira incursão da Circolando na vida secreta das minas abandonadas e das histórias esquecidas que as habitam, Charanga resgata das entranhas da terra um grupo de homens-toupeira para cantar e contar a solidão, o espanto e – uma vez mais, e sempre – o sonho, temas que este colectivo tem vindo a aprofundar no seu trajecto de criação artística. Sempre sob o signo da viagem, Charanga esboça a fuga de uma obscura morada interior para a extroversão da praça pública. Ao final do dia, quando a noite se preparar para submergir a cidade, uma demencial fanfarra de sopros e um carrossel de bicicletas libertam-se nas Praças da Batalha e de Carlos Alberto, efabulando uma evasão para fora da terra – e do mundo. Antecipando e complementando outros Actos de Rua deste Portogofone, Charanga talvez nos conduza em direcção a uma outra cidade, mais exigente e festiva, menos crucificada. As praças ainda respiram?







Quarto Interior

Criação colectiva

direcção artística André Braga, Cláudia Figueiredo

direcção e concepção plástica André Braga

dramaturgia Cláudia Figueiredo

composição musical Alfredo Teixeira

figurinos Rute Moreda

desenho de luz Cristóvão Cunha

desenho de som Harald Kuhlmann

interpretação André Braga, João Vladimiro

co-produção Circolando, TNSJ

colaboração Centro Cultural de Belém

estreia [11Mai06] TeCA (Porto)

duração aproximada [1:00]

Se nos perguntassem qual o benefício mais precioso da casa, diríamos: a casa abriga o devaneio, a casa protege o sonhador, a casa permite sonhar em paz.

Gaston BachelardA Poética do Espaço

Estreado e co-produzido pelo TNSJ em 2006, Quarto Interior inaugurou o ciclo Poética da Casa, nome de código para um conjunto de três instalações cénicas onde a Circolando se propõe dramatizar as experiências e os lugares mais ou menos secretos do nosso imaginário. Com este espectáculo, a companhia distancia-se do rótulo (redutor, como todos) “Novo Circo” e ensaia aproximações a um cada vez mais ambicionado teatro dançado, que prescinde da palavra e de lógicas narrativas, para ir buscar às artes plásticas (Cells, de Louise Bourgeois, é uma das referências possíveis) e ao burlesco do cinema mudo (a sombra de Buster Keaton, os “actos sem palavras” de Samuel Beckett) materiais concretos para a construção de uma “paisagem de sonho”. Dois actores, uma estrutura (criatura?) mutante, feita de restos de portas e janelas, uma árvore despida e uma infinidade de pontos de interrogação. O que é uma casa, o que é um quarto? Feitos de que memórias? Prisão e universo, recolhimento e navegação? Dentro e fora de portas, a geografia e a geometria deste Quarto são decididamente coisas mentais…








Actos de Rua

direcção Nuno Carinhas

produção TNSJ

Hotel Mercure Batalha

[9:30]

Excertos de Nunca Nada de Ninguém, de Luísa Costa Gomes | interpretação Alberto Magassela, Alexandra Gabriel, Inês Mariana Moitas, Ivo Alexandre, Joana Manuel, Jorge Vasques, Lígia Roque, Marta Freitas, Paulo Freixinho

Estações e carruagens do Metro do Porto

[15:00-19:00]

Monólogos de Peer Gynt, de Henrik Ibsen | interpretação Fernando Moreira, João Castro, Paulo Freixinho

Carruagens do Metro do Porto

[15:00-19:00]

Gravação Áudio | Sermão da Sexagésima, de Padre António Vieira | interpretação Ivo Alexandre

Cabina telefónica, Jardim da Cordoaria

[15:30 + 17:30]

A Voz Humana, de Jean Cocteau | interpretação Lígia Roque

Edifício Livraria Latina, Rua de Santa Catarina

[20:00]

Projecção Vídeo | Não Eu, de Samuel Beckett | realização vídeo João Tuna | interpretação Emília Silvestre

Praça da Batalha

[21:00]

Monólogo  “O Homem das Castanhas”,  de Arranha-céus,  de Jacinto Lucas Pires | interpretação Jorge Mota

Casas de banho do TNSJ, TeCA, Mosteiro de São Bento da Vitória, Teatro do Campo Alegre

Durante os intervalos dos espectáculos em exibição

Gravações Áudio | Monólogo de Falta, de Sarah Kane | interpretação António Durães + Canções dos Wafers, de Vítor Rua (música) e Jacinto Lucas Pires (letras) | interpretação Joana Manuel

Um homem anda para lá e para cá na figura de Peer Gynt, descascando uma cebola. As pessoas que estão na praça olham cada vez mais umas para as outras, não, observam-se umas às outras: um homem, que de repente ficou louco, berrando desvairado, acalma-se simplesmente porque alguém olha para ele, tal como uma mulher que desata a soluçar e a gritar ou o homem que assobiava desalmadamente; aqueles que os olham fazem-no enquanto se vão aproximando. E também pode acontecer que todos eles fiquem simplesmente ali, uns olhando-se, outros escutando-se, e transformando-se no outro ao se olharem assim, e isto por toda a praça.

Peter Handke A Hora em Que Não Sabíamos Nada Uns dos Outros

Teatro Europa (Encontro Europeu)

co-organização Teatro Nacional São João, União dos Teatros da Europa

colaboração Convenção Teatral Europeia

Depois de, em 2006, encomendar à empresa KEA um estudo sobre a Economia da Cultura na Europa, a Comissão Europeia emitiu já neste ano de 2007 a Comunicação sobre uma Agenda Cultural para a Europa num Mundo Globalizado. Na sequência deste documento, no qual é proposta uma grelha de trabalho para uma nova aproximação ao fenómeno da cultura na Europa, bem como um “método aberto de coordenação” que deverá permitir uma maior coerência entre as políticas culturais dos diferentes países membros, a Presidência Portuguesa da União Europeia promoveu em Setembro passado o Fórum Cultural Europeu.

Neste contexto, o Portogofone assume a responsabilidade de interpelar artistas, gestores das artes, políticos e outros actores essenciais dos processos culturais sobre as condições e os limites da relação entre as políticas públicas e o território da criação teatral. O encontro Teatro Europa, iniciativa do TNSJ e da União dos Teatros da Europa, em colaboração com a Convenção Teatral Europeia, reúne assim no Porto um número considerável de especialistas em torno de três mesas-redondas: Criação Artística e “Identidade Europeia”; Políticas Públicas para as Artes Performativas: Estado da Arte e Futuro aos Níveis Local, Nacional e Europeu; e, finalmente, A Liberdade de Criação e a Diversidade de Expressões num Mundo Globalizado.

Importa não apenas saber como se gere, e com que objectivos, mas também como se respeita a autonomia da gestão artística. Importa clarificar qual a intervenção directa dos Estados através de estruturas de criação e quais as formas de relacionamento com o tecido independente. Importa, acima de tudo, conhecer a fragilidade e a natureza essencial dos núcleos de criação para que se possa sequer falar em indústrias culturais.

37.ª Assembleia Geral da União dos Teatros da Europa

Apenas três anos depois, a União dos Teatros da Europa, a mais importante rede de Teatros públicos europeus, volta a reunir no Porto a sua Assembleia Geral. Em discussão estará a redefinição estratégica de uma estrutura que, ao longo das suas quase duas décadas de existência, assistiu a profundas transformações no próprio conceito de Europa e a uma significativa evolução dos conceitos de governança cultural. Um longo dia de trabalho que culmina um processo de debate interno e avaliação da estrutura que durou um ano e deverá agora plasmar-se numa “estratégia do Porto”, factor de vitalidade da organização para os próximos dez anos


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