Francisco de Oliveira Ferreira
O arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira (1884-1957) vai ser alvo de uma grande homenagem por altura dos 50 anos sobre a sua morte, efeméride que se assinala a 30 de Dezembro.
Dinamizada pelo Pelouro da Cultura, Património e Turismo de Gaia, a iniciativa envolve a edição de um livro e a realização de uma conferência, no dia 25 de Janeiro.
Antes, porém, é organizada uma exposição que reúne algum do seu espólio, incluindo desenhos e projectos, a qual é formalmente inaugurada no dia 3, na Casa da Cultura (Casa Barbot), com a participação da família do grande arquitecto a partir das 18 horas.
Refira-se que Francisco de Oliveira Ferreira merece bem ser apelidado de "o arquitecto de Gaia" pois, apesar de ter nascido no Porto, fixou-se em Vila Nova de Gaia e foi daqui que assinou muitas obras emblemáticas que estão espalhadas por todo o País.
Discípulo do também grande arquitecto Marques da Silva, cuja projecção lhe terá causado alguma sombra e a ausência do merecido reconhecimento, Francisco de Oliveira Ferreira não é, por isso, muitas vezes associado às obras que assinou.
Apesar disso, muitas delas figuram como emblemáticas de uma época e de um rasgo de concepção arquitectónica. Alguns exemplos são o edifício da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, o d` "A Brasileira", no Porto, o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular, em Entrecampos (Lisboa), e talvez o mais emblemático e ousado da sua carreira: o Sanatório Marítimo do Norte/Clínica Heliântia, em Francelos.