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A
Direcção da Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas, C.R.L., o
Director do Instituto dos Museus e da Conservação, a Directora do Museu
Nacional de Soares dos Reis e o Casino da Póvoa têm o prazer de
inaugurar a exposição ANTÓNIO CRUZ (1907-2007), Comemorativa do Centenário do Nascimento de António Cruz (1907-1983), no dia 14 de Dezembro de 2007 (inauguração oficial), às 18.00 horas, no Museu Nacional de Soares dos Reis, com a presença da Senhora Ministra da Cultura, Prof. Doutora Isabel Pires de Lima.
Exposição patente ao público de 15 de Dezembro de 2007 a 31 de Janeiro de 2008.
Faz
parte do percurso da Árvore a evocação de nomes maiores da pintura
portuguesa, como são exemplos a exposição de António Quadros, Dominguez
Alvarez, António Sampaio, mais recentemente Amândio Silva. Todas estas
mostras foram registadas em publicações com edição da Cooperativa
Árvore que, hoje, constituem registos imperativos da História de Arte
Portuguesa.
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António Cruz 1907-2007
é o livro que complementa esta exposição. Com colaboração especial de
José da Cruz Santos, direcção gráfica de Armando Alves e coordenação
editorial de Manuela de Abreu e Lima. Textos da autoria de Laura Castro
e Vasco Graça Moura. Serão reproduzidas uma centena de imagens, de
obras de coleccionadores particulares deste artista. O projecto de
montagem da exposição é da responsabilidade de Laura Soutinho.
Adoro o nevoeiro. Das quatro estações do ano, a que me fala, a que me dá vida interior, um entusiasmo enorme pela vida é o Inverno! E agora como se explica isto? Os indivíduos que são de temperamento nórdico só se querem ver dentro do nevoeiro, só querem e adoram a chuva, a chuva miudinha ou a bruma. O Inverno é a minha estação. É no Inverno que eu sinto a minha felicidade. A humidade nos rebocos das construções exarcerba as cores. Esse rosa-venise, o ocre dourado e todas as cores, até o branco, ganham esta patine, está aqui, está a ver esta parede, isto é uma pintura, é um quadro, nem precisa de moldura...
Sabe que o Porto é uma cidade para pintores. A cidade do Porto é uma velha tapeçaria, especialmente observada dali, do lado de lá, Vila Nova de Gaia. É nos dias de Inverno em que há aquelas brumas sobre o Douro, a desfazer-se de manhã, a levantar-se, e começam a aparecer, a surgir uns pedaços da cidade do Porto, aquela Sé, aquela acrópole da Sé e o Paço Episcopal, a Vitória e aquela freguesia de Miragaia, em frente à Alfândega, aquilo é muito belo. António Cruz, in catálogo da exposição, Ed. Cooperativa Árvore, 2007
Nota biográfica de António Cruz, por Laura Castro
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