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A Árvore, a convite da Câmara Municipal de Coimbra, organiza uma exposição de desenho e pintura de GRAÇA MORAIS, intitulada In sofrimento, a ser inaugurada no Museu Municipal - Edifício do Chiado, em Coimbra, no dia 13 de Dezembro de 2007, pelas 18.00 horas. Esta exposição sela o encerramento das comemorações torguianas que decorrem desde 17 de Janeiro de 2005.
A ver até 3 de Fevereiro de 2008.
“Preciso de pintar, nos bons e sobretudo nos maus momentos, nos momentos em que o Mundo parece desabar em cima de mim”. Ainda bem, diria. As
memórias que acrescenta, os enredos que tece, as figurações que recria,
são notas muito fortes, especialmente singulares, na sua expressão
plástica. Graça Morais ganha, com elas, uma especial dimensão. O seu mundo é um mundo de vivências e de valores, sem contaminações nem transigências. Por
isso mesmo, ter a oportunidade de revisitar a sua obra, contemplá-la
demoradamente e apreciar os caminhos que toma é ter a oportunidade de
sentir a pintura como arte maior. Graça Morais dá-nos a honra de expor em Coimbra. Gratos estamos. in
catálogo da exposição, texto da autoria de Carlos
Encarnação (Presidente da Câmara Municipal de Coimbra), Ed. Cooperativa
Árvore, Dezembro 2007
As
comemorações torguianas encerram com a exposição da pintora Graça
Morais. Dois anos ininterruptos de manifestações culturais testemunham
que o homem de São Martinho de Anta, Miguel Torga, alcançou um
prestígio tão elevado, evidente e justo, que o “mundo” lhe prodigalizou
a merecida homenagem e lhe quis prestar a alegria da gratidão e o
louvor do agradecimento. […] Acreditámos, desde o primeiro
momento, que a grande senhora da pintura portuguesa, de prestígio
internacional, Graça Morais, aceitaria o convite da Câmara Municipal de
Coimbra para selar o encerramento das comemorações, que decorrem desde
17 de Janeiro de 2005. Uma transmontana portadora dos valores herdados
das suas gentes e da sua vivência alicerçada no seio do mundo rural,
que bebe, ali, o fulgor da sua criatividade e que traduz nas
composições que lega à humanidade. [...] [...] Sem ser realista,
Graça Morais é uma pintora humanista, e a sua pintura provoca a
reflexão, exige uma leitura atenta, requer um olhar penetrante, conduz
às vivências que guardou e moldou na sua memória de um passado e
presente transmontanos. Dominando o desenho com a mestria de
incontornável pintora, evidencia na sua obra quanto ela respira
Trás-os-Montes, vincadamente nos rostos, nas figuras, na articulação
das personagens e seus gestos quotidianos, composições impregnadas de
efeitos cromáticos bem alimentados pelo claro/escuro e visíveis no
lastro antropológico. […] in
catálogo da exposição, excerto de texto da autoria de Mário Nunes
(Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra), Ed. Cooperativa
Árvore, Dezembro 2007
Passei
o Verão fechada no meu atelier da Costa do Castelo, em Lisboa, a
desenhar e a pintar com o objectivo de apresentar uma exposição inédita
de homenagem a Miguel Torga, em resposta ao convite da Dra. Berta
Duarte, dos Serviços Culturais da Câmara Municipal de Coimbra, para
fechar as comemorações do centenário do nascimento do escritor. As cabeças das mulheres que pintei mostram rostos de olhos fechados que meditam numa vida cheia de histórias e de sofrimento. No tempo de Miguel Torga, nascia-se e morria-se em casa. […] É
com enorme prazer que me associo mais uma vez a Miguel Torga, um
escritor que desde a minha juventude me emocionou e me ensinou a
valorizar o Local como espelho do Universal. in catálogo da exposição, excerto de texto da autoria de Graça Morais, Ed. Cooperativa Árvore, Dezembro 2007
RETRATO DE RETRATOS: SOFRIMENTO […] Perante
esta série de rostos cerrados, mas ligados entre si, de Graça Morais
registo uma sensação de incomodidade que me devolveu à Virgem do
Chanceler Rolin, de Van Eyck, arquivada no Louvre. A Senhora, de olhos
semi-cerrados, parece apresentar o Menino, de quem, no entanto, se
encontra tão distante, tal como o ser angelical que pretende coroá-la,
exibindo uma expressão de cumprimento de trabalho agendado. Essa
Senhora está dentro do rosto desta mulher que se repete, inquietante,
comportando em si os olhos muito abertos com que não pode observar nada
e ninguém. […] […] Foi necessário Torga como pretexto para que
estas notas, autênticas peças para a construção do personagem,
surgissem a público anunciando os melhores tempos para esta talentosa
pintora. Para ela e por ela ergo o meu cálice de vinho generoso
carregado de anos e de tempestades durienses sobre os degraus dos
gigantes. Salve, Graça, a destes rostos, a destas linhas, a destes
espíritos, a destas palavras, a desta secreta viragem em que se busca o
que resta da História. in catálogo da exposição, excerto de texto da autoria de José Viale Moutinho, Ed. Cooperativa Árvore, Dezembro 2007
Curriculum de Graça Morais
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