"Mansarda" - 19 a 21 de Novembro no Festival Mettre en Scène, Rennes, França
19 e 20
de Novembro às 20H, 21 às 16H:
França, Rennes, Le Grand Logis, Festival Mettre en Scène
Espectáculo de encerramento do ciclo “Poética da Casa”, “Mansarda” propõe uma súmula das várias ideias de casa que com ele queremos abordar: casas feitas de pele-memória que existem fora do tempo. Casas com raízes e sabor a terra sensíveis ao ciclo das estações. Casas-corpo-árvore, pés mergulhados na terra e cabeça a tocar o céu. Casas com as memórias de um mundo rural antigo, com a lembrança dos campos e dos animais. Casas com os serões de trabalho e festa, com os medos da escuridão e o secreto desejo da viagem. Casas com ninhos prestes a voar. Casas que integram o vento e a chuva e acolhem um sonho de mar. Casas-ilha, casas flutuantes, casas da eternidade. Casas com as paisagens da imensidão.
As linguagens das imagens
e das emoções, do corpo, dos objectos, da música voltarão a ser
base deste novo manifesto poético que, sem palavras, quer falar da
importância da preservação da memória e do devaneio.
Ao longo da vida vamos construindo um sótão-abrigo onde guardamos os nossos sonhos-lembrança fundamentais. As vivências, as histórias, as imagens que fomos retendo para podermos a elas voltar sempre que o desejamos. No fundo, uma casa para o nosso coração. Uma casa que se confunde connosco e sempre nos acompanha.
Velhos, visitamos estes sótãos com raízes numa infância longínqua e fazemos soar livres os fios da memória. Baralhamos a curva do tempo. Caminhamos em direcção aos inícios, vamos para o lugar onde se encontra a morada dos nossos devaneios...
Os escritos de Bachelard e os desenhos, as esculturas e as instalações de Louise Bourgeois serão o ponto de partida para um diálogo com múltiplos autores: Tonino Guerra, Miguel Torga, Cesare Pavese, Mia Couto, Chagall, Dussaud… A máscara, o palhaço, a dança com cadeiras, roupas, ramos, palha…, a música das máquinas de costura-sanfona, a voz e o canto serão matérias certas no trabalho de improvisação teatral.
Criação colectiva
Direcção artística: André Braga e Cláudia Figueiredo
Direcção e concepção plástica: André Braga
Dramaturgia: Cláudia Figueiredo
Composição musical: Alfredo Teixeira
Interpretação: Ana Madureira, André Braga, Graça Ochoa, Inês Oliveira, Inês Mariana Moitas, João Vladimiro, Mafalda Saloio, Patrick Murys
Cenografia: André Braga, Carlos Pinheiro, Nuno Guedes, Américo Castanheira
Instrumentos musicais: Sandra Neves (sanfonas e sanfonelas) André Braga, Alfredo Teixeira, Nuno Guedes, Duarte Costa (sanfonas)
Figuras dos velhos: Sandra Neves, Lília Catarina (máscaras femininas)
Adereços: Sandra Neves, Carlos Pinheiro, Nuno Guedes
Figurinos: Inês Mariana Moitas
Coordenação da construção: Nuno Guedes
Desenho de luz: Cristóvão Cunha
Desenho de som: Harald Kuhlmann
Produção: Ana
Carvalhosa (direcção) e Cláudia Santos
co-produção Circolando,
Fundação Centro Cultural de Belém / Próspero, com o apoio do Programa
Cultural da UNIÃO EUROPEIA, e Teatro Nacional São João
Circolando é uma estrutura subsidiada pelo Ministério da Cultura / Direcção Geral das Artes
Outros apoios: IEFP / Cace Cultural do Porto
CIRCOLANDO
Desenvolvendo a sua actividade desde 1999, Circolando vem afirmando a singularidade do seu projecto artístico com a criação e difusão dos espectáculos “Caixa Insólita”, “Giroflé”, “Charanga”, “Cavaterra”, “Quarto Interior”, “Casa-Abrigo” e “Mansarda”
Espectáculos que propõem um teatro visual e interdisciplinar que cruza o teatro físico, a dança, o teatro de objectos, o circo, a música e o vídeo.
Um teatro dançado que habita as paisagens do sonho. Um teatro próximo da poesia que traz histórias libertas de toda a lógica narrativa. Histórias que, mais do que contadas, querem-se livremente inventadas por um espectador contemplativo. Histórias que não pretendem oferecer um sentido, mas despertar todos os sentidos... com imagens, músicas, cheiros, emoções...
Um teatro que resulta da pesquisa, da experimentação e do “work in progress”, submetendo continuamente os projectos a novos questionamentos. As estreias, em vez de constituírem o tradicional encerramento do processo criativo, indicam sempre o seu relançamento.
Um teatro itinerante com forte difusão internacional. Fora de Portugal, Circolando já foi acolhida em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Áustria, Eslovénia, Coreia do Sul e China.
De modo complementar à criação e difusão de espectáculos, Circolando promove também ateliers de formação em diversos campos artísticos. Recentemente, vem ainda produzindo pequenos projectos de criação cujo objecto final se desvia do formato espectáculo. Performance, instalação, vídeo vêm então abrindo novos campos de expressão e experimentação.
Mais informações:
Circolando
T: 225 189 157